Plantão | Publicada em 24/08/2011 às 20h51m
Paulo Yafusso, especial para O Globo (opais@oglobo.com.br)
CAMPO GRANDE (MS).
Entidades ligadas à questão indígena denunciam que jagunços armados expulsaram um grupo de guarani-kaiova que estava desde a semana passada acampado próximo à Fazenda Santa Rita, e durante a ação pelo menos três índigenas foram feridos a tiros. Há quinze dias o grupo havia sido expulso da propriedade, que pertence à família do prefeito de Iguatemi, cidade a 464 quilômetros de Campo Grande (MS), na fronteira com o Paraguai, e passaram a viver em um acampamento montado à beira da estrada.
De acordo com informações do administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Ponta Porã, Sílvio Raimundo da Silva, um antropólogo do Ministério Público Federal (MPF) que esteve no acampamento relatou que encontrou cartuchos de borracha, munição deflagrada e os barracos todos queimados. Os índios feridos estariam no acampamento, agora montado à margem do rio Iguatemi. O confronto foi na noite de terça-feira, segundo os indígenas. A Funai enviou para o acampamento comida e cobertores.
Na semana passada, em encontro realizado em Campo Grande que reuniu pesquisadores e estudantes indígenas de vários estados, a situação dos índios em Iguatemi foi denunciado em manifesto assinado por 80 participantes do evento. A ação dos jagunços na noite de terça-feira foi relatado a várias lideranças. Alex Macuxi, da aldeia Raposa Serra do Sol (PA), afirma que as informações que recebeu de Tonico Guarani Kaoiwa, lhe cortou o coração. Segundo o relato do índio kaiowa, por volta das 19h30 de anteontem lideranças do acampamento de Iguatemi ligaram dizendo que acabaram e ser atacados por pistoleiros armados.
Segundo Tonico, o indigena Dorival fez o seguinte relato pelo telefone:
"Estávamos rezando, de repente chegaram dois caminhões cheios de homens, chegaram atirando, ordenaram para queimar barracas e roupas e amarrar os índios". Mais adiante, Dorival disse que "ocorreu choro de crianças e mulheres e muitos tiros, saímos correndo em direção diferentes, nós, sete pessoas, estamos aqui, 300 metros do local, vendo as barracas queimando, muito choro ouvimos daqui".
Segundo Célio Gonçalves, filho de Lide Lopes, um dos líderes do acampamento indígena, há notícia de três índios feridos a tiros, mas nenhum foi levado para o hospital. A família de Lopes ficou na aldeia Sassoro, em Tacuru, enquanto Lide retornou ao acampamento e até ontem à noite não havia dado notícia. Um delegado e três agentes da Polícia Federal foram ao local do confronto ontem a tarde, para iniciar as investigações do caso.
- Foi uma afronta. Destruíram todos os barracos dos índios mais uma vez e nada foi feito até agora - afirmou Egon Heck, coordenador estadual do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
O prefeito de Iguatemi, José Roberto Felippe Arcoverde, não foi encontrado para falar sobre o assunto. Familiares dele disseram que a fazenda Santa Rita é administrada por um parente do prefeito que mora no Paraná, mas eles negam que a propriedade tenha sido ocupada pelos índios e que tenham ligação com os acontecimentos recentes envolvendo os indígenas.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/08/24/entidades-denunciam-ataque-de-pistoleiros-indios-acampados-em-iguatemi-ms-925200593.asp#ixzz1W8zrTuJc
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From: israelraimundorama@gmail.com
Date: Wed, 24 Aug 2011 10:21:03 -0300
Subject: [ccsam] URGENTE - INDIGENAS SENDO ATACADO POR PISTOLEIROS EM MS - Fwd: Favor Divulgar: Por volta da 20:00 h os grupos indigenas do Pyelito kue foram atacados por pistoleiros
To: ccsam@grupos.com.br
Desde a semana passada os grupos indigenas no MS estao sitiados por pistoleiros, ja foi solicitado para a policia federal ir para lá, dar segurança aos indigenas, mas até o momento nada... estao esperando que mais indigenas morram...
eles precisam neste momento de alimento e agasalho e de proteção para manterem-se vivos.
encaminhando
Caros Amigos, está sendo muito díficil para os Povos Gurani e Kaiowa em Mato Grosso do Sul. Todos os dias estãos endo atacados com armas de fogo, ameaças e e Estado Brasileiro não faz nada. a A Funai muito menos.
Encaminho um e-mail que recebi, que me cortou o coração. Sei e entendo o que eles passam, ao pensar nisso chego a lagrimar, ao pensar nas dores desses parentes.
Alex Makuxi - Raposa Serra do Sol
Prezados,
Ligaram pra mim do Pyelito kue, exatamente as 8:00, faz 30 minutos, os pistoleiros atacaram os grupos guarani e kaiowa que estava acampado na margem da estrada publica, o Dorival contou: "estavamos rezando, de repentes chegaram dois caminhoes cheios de homens, chegaram atirandos, ordenaram parar queimar barracas e roupas e amarrar todos indios". Diante disso, "ocorreu choro das criancas e mulheres, e muitos tiros, saimos correndo, em direcão diferentes, no 7 pessoas estamos aqui 300 metros do local, vendo as barracas queimando, muiitos choro ouvimos daqui". faroletes e lanternas estão focando pra la e ca", As criancas e idosos nao conseguiram correr".
A noticia de ataque ja repassei ao MPF/FUNAI imeditamente, faz 30 minutos que aconteceu esse fato.
Mais um fato aconteceu, infelizmente
Aguardamos as providencias cabiveis.
A dor e choro senti como estivesse ai.
Os meus olhos enlagrimando escrevi este fato. Quase nao temos mais chance de sobreviver neste Brasil.
Tonico guarani kaiowa
Ligaram pra mim do Pyelito kue, exatamente as 8:00, faz 30 minutos, os pistoleiros atacaram os grupos guarani e kaiowa que estava acampado na margem da estrada publica, o Dorival contou: "estavamos rezando, de repentes chegaram dois caminhoes cheios de homens, chegaram atirandos, ordenaram parar queimar barracas e roupas e amarrar todos indios". Diante disso, "ocorreu choro das criancas e mulheres, e muitos tiros, saimos correndo, em direcão diferentes, no 7 pessoas estamos aqui 300 metros do local, vendo as barracas queimando, muiitos choro ouvimos daqui". faroletes e lanternas estão focando pra la e ca", As criancas e idosos nao conseguiram correr".
A noticia de ataque ja repassei ao MPF/FUNAI imeditamente, faz 30 minutos que aconteceu esse fato.
Mais um fato aconteceu, infelizmente
Aguardamos as providencias cabiveis.
A dor e choro senti como estivesse ai.
Os meus olhos enlagrimando escrevi este fato. Quase nao temos mais chance de sobreviver neste Brasil.
Tonico guarani kaiowa
Subject: AMEACA-a india da fazenda Retimar avisa q a noite seria atacado Pyelito kue
Date: Tue, 23 Aug 2011 20:59:32 +0000
Date: Tue, 23 Aug 2011 20:59:32 +0000
Prezados (as)
Ligaram pra mim, contando que desde ontem e hoje de manha um nao indio MEDIANEIRA conhecido como coordenador dos pistoleiros da regiao, ele e pequeno comerciante em Iguatemi, ele chegou a casa do Lide em Sassoro, rodando a casa do LIDE, ficando mais em Sassoro e anunciou que vai expulsar o LIDE com seu grupo hoje ou amanha.
Agora poucos a esposa do Lide e filho ligaram pra mim novamente, contando que um casal indigena que trabalha na fazenda Retimar ficou sabendo do plano de possivel ataque ao grupo indigena, por isso ligou para esposa do LIDE para avisar que hoje a noite seria atacado o grupo do Pyelito kue, ela= REINA o nome dela da fazenda que ligou para esposa do LIDE. O n. da Reina 67)9686-2767. e da esposa do LIDE n.9680-1776, entre em contato com ele(a) para mais informacao..
Att,
Tonico
Ligaram pra mim, contando que desde ontem e hoje de manha um nao indio MEDIANEIRA conhecido como coordenador dos pistoleiros da regiao, ele e pequeno comerciante em Iguatemi, ele chegou a casa do Lide em Sassoro, rodando a casa do LIDE, ficando mais em Sassoro e anunciou que vai expulsar o LIDE com seu grupo hoje ou amanha.
Agora poucos a esposa do Lide e filho ligaram pra mim novamente, contando que um casal indigena que trabalha na fazenda Retimar ficou sabendo do plano de possivel ataque ao grupo indigena, por isso ligou para esposa do LIDE para avisar que hoje a noite seria atacado o grupo do Pyelito kue, ela= REINA o nome dela da fazenda que ligou para esposa do LIDE. O n. da Reina 67)9686-2767. e da esposa do LIDE n.9680-1776, entre em contato com ele(a) para mais informacao..
Att,
Tonico
Eva Maria Luiz Ferreira
Programa Kaiowá/Guarani - NEPPI
Universidade Católica Dom Bosco - UCDB
Telefone: (67) 3312-3590 ou (67) 3312-3591 fax 3312 3608
Site: www.ucdb.br
Twitter: @UCDBoficial
Facebook: UCDBoficial
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